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Ucrânia pede aos países ocidentais mais armas contra Rússia

Ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, também pediu sanções mais duras contra Moscou

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - Antes de conversas com seu homólogo americano, Antony Blinken, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, disse nesta quinta-feira, 22, que os países ocidentais deveriam intensificar o envio de armas para seu país, para ajudá-lo a resistir contra a Rússia.

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"Esta manhã, enviei uma carta ao secretário britânico das Relações Exteriores, pedindo armas defensivas adicionais para a Ucrânia", disse Kuleba em entrevista coletiva na embaixada ucraniana em Washington, acrescentando que também as pedirá aos Estados Unidos "Mobilizaremos o mundo inteiro para conseguir tudo o que precisamos para reforçar nossa capacidade defensiva", afirmou. 

O presidente russo Vladimir Putin reconheceu na segunda-feira como "repúblicas" as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, em um acordo que prevê também defender esses grupos da região ucraniana do Donbass.

Soldados franceses participam de exercício como parte de uma operação da Otan no acampamento Tapa do Exército da Estônia, perto de Rakvere, em 6 de fevereiro de 2022 Foto: Alain Jocard/AFP

O ministro ucraniano também informou que "fez um apelo à União Europeia para deixar de lado qualquer dúvida, relutância e todo o ceticismo existente nas capitais europeias e prometer à Ucrânia uma futura adesão". 

Embora tenha aplaudido a "forte" decisão da Alemanha de suspender a autorização do gasoduto russo-alemão Nord Stream 2 depois que Moscou reconheceu como independentes os territórios separatistas na Ucrânia, Kuleba defendeu "mais sanções duras". "O cálculo de Putin era que sua decisão não teria consequências. E na ausência de castigo, aumentam as ganas de agressão", disse. 

Putin pediu nesta terça-feira à câmara alta do Parlamento que autorize o envio de tropas para o leste do território da Ucrânia. 

Não foi revelado quando aconteceria essa mobilização militar russa, mas o pedido aumenta o temor de uma guerra de grande alcance, já que a Rússia possui dezenas de milhares de militares já presentes nas fronteiras da Ucrânia. /AFP

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