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Ucrânia prende 12 policiais e acusa serviço secreto russo por mortes

Procuradoria-geral acusa tropa de elite de abrir fogo contra ativistas durante protestos

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Por Redação
Atualização:

KIEV - Autoridades ucranianas afirmaram nesta quinta-feira, 3, que o Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia está envolvido no ataque a manifestantes contrários ao presidente deposto Viktor Yanukovich em Kiev, em 20 de fevereiro, quando centenas de pessoas morreram. Ao menos 12 agentes ucranianos da polícia de elite Berkut, suspeitos de participar do massacre, foram presos hoje.

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O chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia, Valentin Nalivaichenko, disse que o FSB enviou "toneladas" de explosivos e armas para a Ucrânia. Nalivaichenko acusou os agentes russos de participarem da operação antiterrorista lançada pelo antigo regime ucraniano para neutralizar os protestos em Kiev.

O serviço secreto russo, por sua vez, negou as acusações de Kiev. "Que estas declarações fiquem na consciência dos serviços de segurança da Ucrânia", afirmou uma fonte do FSB à agência russa RIA Novosti.

Acusações. De acordo com a Procuradoria-Geral da Ucrânia, entre os presos está o comandante   da chamada "unidade negra" dos Berkut, que distribuiu armas de fogo à tropa de choque para que atirassem contra os manifestantes.

Anteriormente, o procurador-geral da Ucrânia, Oleg Makhnitski, informou que os agentes da "unidade negra" são suspeitos do assassinato dos ativistas do Maidan, como é conhecida a Praça da Independência de Kiev, bastião da revolta que depôs Yanukovich.

"Somente a unidade especial recebeu armas. Seu objetivo, como garantem agora, embora não acreditemos em suas versões, era defender-se dos manifestantes para permitir a retirada das forças principais dos 'Berkut', que estavam desarmados", disse o procurador-geral adjunto da Ucrânia, Alexei Baganets.

Os suspeitos, caso sejam considerados culpados das acusações, podem ser condenados à prisão perpétua.

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Mais de 100 pessoas morreram no centro de Kiev durante a revolta popular no final de fevereiro, a maioria, vítimas de francoatiradores posicionados em vários edifícios no entorno da Praça da Independência. / EFE

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