24 de janeiro de 2015 | 16h49
O Ministério de Defesa da Ucrânia disse que houve três ataques separados a Mariupol e áreas próximas. "A área atingida é enorme", disse o prefeito da cidade, Yuriy Khotlubei. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, antecipou sua viagem de volta da Arábia Saudita e convocou oficiais militares para uma reunião de emergência.
Os ataques a Mariupol ocorreram um dia após os rebeldes terem rejeitado um acordo de paz e anunciado uma ofensiva contra o governo para ampliar o território sob seu controle. A posição dos separatistas está dificultando os esforços da União Europeia para mediar o fim dos conflitos no leste da Ucrânia, que já mataram cerca de 5,1 mil pessoas desde abril, segundo a Organização das Nações Unidas.
Após os ataques deste sábado, a chefe de diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, pediu à Rússia que usasse sua influência sobre os líderes separatistas para conter sua ofensiva e que suspendesse a ajuda militar e financeira aos rebeldes. A Rússia insiste que não apoia os separatistas, mas militares ocidentais dizem que o armamento pesado em poder dos rebeldes contraria essa alegação.
Um acordo de paz assinado em setembro em Minsk, capital da Bielo-Rússia, previa um cessar-fogo e a retirada de armamentos pesados de uma linha divisória no leste da Ucrânia. Porém, o acordo tem sido violado por ambos os lados, com um aumento de vítimas civis nas últimas semanas. / ASSOCIATED PRESS
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