
01 de dezembro de 2013 | 11h20
Gritos de "revolução" ressoaram no mar de bandeiras da Ucrânia e da UE que encheram a praça, onde o governo havia proibido comícios a partir deste domingo. A multidão era, de longe, a maior desde o início dos protestos, que começaram há mais de uma semana. Muitos dos manifestantes viajaram da Ucrânia Ocidental para Kiev, onde o sentimento pró-UE é particularmente forte.
"Estamos furiosos", disse Mykola Sapronov, um empresário aposentado de 62 anos. "Os líderes devem renunciar. Queremos que a Europa e a liberdade."
Protestos foram realizados diariamente em Kiev por mais de uma semana, após Yanukovych desistir de um acordo que teria estabelecido o livre comércio e uma cooperação política mais profunda entre a Ucrânia e a UE. Ele justificou a decisão dizendo que a Ucrânia não podia arcar com uma quebra dos laços de comércio a Rússia.
O acordo com a UE deveria ter sido assinado sexta-feira (29) e desde então os protestos ganharam força. A manifestação deste domingo também foi alimentada pela raiva contra a violência na dispersão de centenas de pessoas que estavam na Praça da Independência na madrugada de sábado. Alguns dos manifestantes ficaram feridos na cabeça e nos braços.
Enquanto uma grande massa manifestantes se aproximava da praça neste domingo, as barreiras metálicas que bloqueavam o local foram retiradas e os policiais deixaram a praça. Fonte: Associated Press.
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