
13 de janeiro de 2018 | 09h20
BRUXELAS - A União Europeia (UE) afirmou neste sábado, 13, que 'toma nota' do ultimato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos países europeus pelo acordo nuclear de 2015 com o Irã, que ameaçou abandonar se não for modificado.
A UE indicou que, "como primeiro passo, Reino Unido, França e Alemanha coordenarão com outros países da UE uma avaliação conjunta" do anúncio e 'das suas implicações', informou um comunicado do porta-voz da chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.
Ao mesmo tempo, a UE reiterou seu 'compromisso a continuar com uma efetiva e total aplicação do acordo nuclear'.
Nesta sexta-feira, 12, Trump estendeu pela 'última' vez a suspensão de sanções ao Irã com base no acordo nuclear de 2015, e deu um ultimato aos seus aliados na Europa para que negociem com ele e corrijam o que considera 'defeitos' desse pacto, sob a pena de os EUA se retirarem do mesmo.
A advertência de Trump coincidiu com o anúncio de novas sanções que não estão relacionadas com o acordo nuclear, mas com 'graves' abusos aos direitos humanos e com a proliferação de armas, e que afetam 14 indivíduos e entidades do Irã, entre eles o chefe do Poder Judiciário, o aiatolá Sadeq Larijani.
Trump decidiu manter ativo um mecanismo que suspende temporariamente as sanções ao Irã por seu programa nuclear, algo sobre o que o presidente dos Estados Unidos deve pronunciar-se a cada 120 dias por imperativo legal.
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Mas fez isso com o aviso de que, se a Europa não negociar com ele para modificar o acordo nos próximos quatro meses, ordenará a volta da imposição das sanções nucleares quando terminar o novo prazo de 120 dias, que caduca no próximo dia 12 de maio. / EFE
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