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UE apoiará governo de união nacional palestino

Porém, segundo diplomatas, suporte deverá depender dos compromissos do novo governo com a paz no Oriente Médio e com a boa relação com Israel

Por Agencia Estado
Atualização:

A União Européia (UE) divulgará na sexta-feira um grande apoio para a formação de um governo de união nacional que irá substituir o governo liderado pelo Hamas, informaram oficiais europeus. Porém, diplomatas enfatizaram nesta quinta-feira que o suporte deverá depender dos compromissos do novo governo com a paz no Oriente Médio e com a boa relação com Israel. "Realmente precisamos ver o que foi acordado" entre o Hamas e Abbas antes que a UE possa retomar auxílios diretos, disse um dos diplomatas. A UE informou que prolongará um programa de ajuda emergencial, administrado pelo Banco Mundial, por mais três anos, dando a chance aos palestinos de trabalhar pela paz e segurança. Ainda nesta quinta-feira, o grupo de apoio internacional Oxfam alertou a UE para "retomar imediatamente a ajuda internacional para a Autoridade Palestina para evitar uma enorme crise humanitária". "Um novo governo palestino fornece uma oportunidade de dar continuidade ao processo de paz, mas isso não será efetivo sem a ajuda internacional. Continuar retendo a ajuda apenas irá exasperar o sofrimento e criar tensões que irão enfraquecer as tentativas da UE de dar suporte a uma paz justa e durável", disse o grupo de apoio. O ministro do Exterior de Luxemburgo, Jean Asselborn - um dos muitos oficiais europeus que viajaram ao Oriente Médio nesta semana - disse que oficiais dos Estados Unidos, UE, Nações Unidas e Rússia se encontrarão na próxima semana na ONU para avaliar as chances de retomar o processo de paz e melhorar o auxílio financeiro aos palestinos. O Hamas afirmou que, mesmo não aceitando a existência de Israel, apoiará os esforços de Abbas de buscar a paz com o Estado judeu. Os líderes palestinos esperam que este compromisso seja o bastante para a retomada do auxílio Às áreas devastadas da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. Porém, os diplomatas dizem que a UE precisa analisar o que o governo de unidade nacional significará e quais os compromissos que este novo governo está preparado para cumprir.

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