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UE condena ações militares israelenses

Por Agencia Estado
Atualização:

A União Européia afirmou hoje que os recentes ataques israelenses contra uma estação de radar síria no vizinho Líbano foram "excessivos e desproporcionais" e pediu pelo fim da escalada de violência entre Israel e os palestinos. Num comunicado, o bloco de 15 nações afirmou estar "extremamente preocupado com a perigosa escalada de violência no Oriente Médio". O ataque de Israel contra a estação de radar síria recebeu crítica de países árabes e provocou vagas ameaças de retaliação por parte de radicais palestinos e fundamentalistas islâmicos. Israel alegou que o ataque foi uma resposta a um atentado de guerrilheiros libaneses do Hezbollah numa disputada área fronteiriça que matou um soldado judeu. "O ataque israelense contra objetivos sírios no Líbano, o primeiro em muitos anos, como retaliação a ataques do Hezbollah nas Chácaras de Shebaa, foi uma resposta excessiva e desproporcional", afirma-se no comunicado. A UE também continuou pressionando Israel para pôr fim a suas incursões militares em áreas controladas pelos palestinos em Gaza. "O uso excessivo do Exército e a desproporcional resposta israelense a ataques de morteiros de territórios administrados pelos palestinos contra alvos israelenses aumenta a escalada de violência e agrava o conflito. As incursões de Israel em territórios controlados pelos palestinos são ilegais e não podem se repetir", afirmou a UE. "Estamos profundamente interessados e preocupados com a situação", disse Reijo Kemppinen, porta-voz da UE. Ele acrescentou que os ministros do Exterior da UE provavelmente irão reavaliar as relaçoes do bloco com Israel à luz dos recentes eventos em sua próxima reunião em Bruxelas em 14 de maio, antes do próximo encontro da associação conjunta com autoridades de Israel em 21 de maio. Autoridades disseram que os ministros da UE podem considerar várias opções, desde uma forte linha diplomática contra o governo israelense de Ariel Sharon até a suspensão da nova associação econômica e política e de acordos de livre comércio que entraram em vigor em junho último.

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