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UE condena construção de assentamento na Cisjordânia

Segundo o bloco, projeto israelense é ilegal e prejudicial aos esforços de paz

Por Agencia Estado
Atualização:

A União Européia (UE) condenou nesta quarta-feira, 27, a construção de um novo assentamento israelense na Cisjordânia ao dizer que tal ação, além de ilegal, prejudica os esforços para a chegada a uma solução pacífica que permita a coexistência de um Estado israelense e um palestino. "A União Européia expressa sua profunda preocupação com as notícias de que o governo israelense autorizou a construção de um assentamento na Cisjordânia", afirmou o bloco em um comunicado. Na terça-feira, o governo israelense informou que aprovou o novo assentamento para abrigar ex-colonos judeus que moravam na Faixa de Gaza, quebrando assim uma promessa feita aos Estados Unidos de que cessaria a construção de casas em território palestino. A construção na cidade se Maskiot, no norte da Cisjordânia, começou há meses, mas o projeto somente recebeu aprovação final do Ministério da Defesa na semana passada, informaram oficiais israelenses. "Tais ações unilaterais também são ilegais e ameaçam tornar a solução de criação dos dois Estados fisicamente impossível de ser implementada", disse a UE. "Isso também pode significar a transferência de colonos abrigados em Gaza para a Cisjordânia, algo que a UE considera inaceitável." O bloco também pediu a "interrupção de todas as atividades que possam pôr em risco o cessar-fogo" entre o Estado judeu e os palestinos. Críticas norte-americanas O plano israelense também recebeu críticas do governo dos Estados Unidos. Caso prossiga com o assentamento, Israel irá violar suas obrigações perante o mapa do caminho, informou um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA. O governo Bush, que raramente critica as ações de Israel, pediu ao Estado judeu para que "evite tomar ações" que possam prejudicar "futuras negociações", afirmou o porta-voz Gonzalo R. Gallegos. Israel concordou com o mapa do caminho em 2003. O plano, que tem como meta levar Israel e os palestinos a um acordo para estabelecer um Estado palestino, foi realizado pelos EUA, Nações Unidas, União Européia e Rússia. Matéria ampliada às 18h24

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