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UE critica duramente incursão militar israelense

Por Agencia Estado
Atualização:

A União Européia condenou duramente nesta segunda-feira um ataque israelense na Faixa de Gaza que matou 14 pessoas e pediu aos palestinos para não retaliarem. "Não pode haver justificativa para ações militares dirigidas indiscriminadamente contra vizinhanças civis, sejam por parte dos palestinos ou dos israelenses", afirmou num comunicado da UE. A UE usou linguagem incomumente forte para denunciar o ataque de Israel que ocorreu no momento em que o chefe de política externa do bloco, Javier Solana, visita a região num esforço de reviver esforços internacionais de paz. "Condeno os atos cometidos pelo Exército israelense nesta manhã", disse o ministro do Exterior dinamarquês, Per Stig Moeller, que atualmente preside o Conselho de Ministros do Exterior da UE. "Peço agora aos palestinos para controlarem suas forças de terrorismo para que elas não retaliem". O grupo militante islâmico Hamas prometeu vingar os mortos, entre eles dez assassinados quando um míssil atingiu uma grande multidão. Autoridades palestinas disseram que os mortos eram civis, enquanto o Exército de Israel garante que a maioria era homens armados. Cerca de 110 palestinos foram feridos na incursão de quatro horas, entre eles 25 que médicos informaram estar em condições críticas. "Ações militares e violentas servem apenas para alimentar o ódio e sabotar tentativas das partes e da comunidade internacional de trazer a conciliação", manifestou-se a UE. Também, o bloco exigiu que Israel dê a organizações humanitárias internacionais pleno acesso a áreas palestinas na Cisjordânia e Faixa de Gaza. O comissário de Relações Externas da UE, Chris Patten, disse que mais de 20 missões humanitárias organizadas pela UE foram barradas pelos militares israelenses de entrar em áreas ou foram sujeitas a longa espera. "Israel deve imediatamente permitir pleno, seguro e ilimitado acesso ao pessoal internacional e humanitário", afirmou Patten.

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