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UE e EUA condenam atentados no Quênia

Por Agencia Estado
Atualização:

A União Européia (UE) condenou duramente nesta quinta-feira os ataques simultâneos contra turistas israelenses no Quênia nos quais morreram 11 pessoas e reiterou que a comunidade internacional deve unir forças na luta contra o terrorismo. O governo dinamarquês, atual ocupante da presidência rotativa da UE, declarou-se chocado com o ataque com um carro-bomba e com os pelo menos dois mísseis disparados sem sucesso contra um avião israelense. O bloco de 15 países condena os ataques "da forma mais contundente possível". O chefe de política externa da UE, Javier Solana, disse que "esses incidentes trágicos ocorrem como uma triste lembrança de que nenhuma região do mundo está imune a atentados terroristas". "Isto deveria fortalecer nossa determinação comum de priorizar a cooperação com nossos amigos africanos - entre outros - como parte de uma luta mundial contra o terrorismo", declarou. Em Crawford, no Estado norte-americano do Texas, o presidente dos EUA, George W. Bush, deplorou os atentados. O subsecretário de Imprensa da Casa Branca, Gordon Johndroe, disse que Bush foi informado sobre os atos durante uma reunião realizada durante a manhã e ofereceu a ajuda norte-americana para investigar o caso. Johndroe diz ser cedo demais para afirmar que o ataque foi perpetrado pela rede extremista Al-Qaeda, liderada pelo milionário saudita exilado Osama bin Laden. Bush analisou a situação ao lado de sua conselheira de Segurança Nacional, Condolezza Rice, disse o porta-voz. "Os Estados Unidos deploram este ato de violência. Estamos dispostos a ajudar os quenianos e os israelenses nesta investigação", afirmou Johndroe. Israel "colhe o que plantou", diz Hamas Israel cometeu crimes no exterior e agora "colhe o que plantou", disse hoje Abdel Aziz Rantisi, considerado o número dois do grupo islâmico Hamas, após o duplo atentado de hoje. "Agentes de Israel assassinaram Fathi Shikaki (líder da Jihad Islâmica), Abu Jihad (um dos principais dirigentes da OLP) e tentaram matar um de nossos líderes, Khaled Mishal", comentou. "Eles seguiram por este caminho e agora sofrem as conseqüências", disse Rantisi. Por sua vez, um porta-voz da Jihad Islâmica em Gaza, Abdullah Shami, disse que o ataque de hoje não passa de uma "reação lógica" à política de Israel e dos Estados Unidos para o Oriente Médio.

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