UE e EUA voltam a pedir ao Irã que aceite incentivos

Os líderes da república islâmica enviaram sinais contraditórios com relação a oferta para que o país desista de seu programa de enriquecimento de urânio

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Por Agencia Estado
Atualização:

A União Européia (UE) e os Estados Unidos voltaram a pedir nesta quinta-feira que o Irã aceite a proposta internacional de incentivos com o objetivo de resolver a disputa nuclear e suspender o programa de enriquecimento de urânio do país. Caso contrário, ameaça o governo americano, os países ocidentais recorrerão ao Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) em busca de sanções contra Teerã. "Esperamos que os líderes iranianos pensem no que é melhor para a prosperidade econômica e para a segurança a longo prazo de seu povo", manifestou o embaixador americano Gregory Schulte. Em Teerã, os líderes da república islâmica enviaram sinais contraditórios com relação à resposta do país à oferta feita por Alemanha, China, EUA, França, Grã-Bretanha e Rússia. Enquanto o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, dizia que o país jamais abrirá mão de seu programa nuclear, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o enviado de Teerã à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Ali Ashgar Soltanieh, afirmavam que o governo do Irã está pronto para ingressar em negociações. Em Xangai, na China, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse depois de uma reunião com Ahmadinejad que o líder iraniano confirmou estar pronto para negociar a situação com base nos incentivos oferecidos pelas seis potências. O enriquecimento de urânio é um processo necessário para a geração de combustível para o funcionamento das usinas nucleares. Em grande escala, o enriquecimento de urânio também pode resultar em material próprio para carregar ogivas atômicas. Os EUA acusam o Irã de desenvolver em segredo um programa nuclear bélico. O governo iraniano nega e assegura que suas usinas atômicas têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica.

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