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UE é prioridade na espionagem dos EUA, diz revista

Por AE
Atualização:

A União Europeia (UE) está classificada como prioridade na lista de alvos de espionagem da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), informou neste sábado a revista semanal alemã Der Spiegel, citando um documento vazado pelo ex-agente da inteligência, Edward Snowden.O material confidencial, datado de abril de 2013, informa que o serviço secreto norte-americano está especialmente interessado em reunir informações sobre a política externa, o comércio internacional e a estabilidade econômica do bloco.Em um sistema classificação de um a cinco (de maior para menor importância), as três áreas citadas receberam avaliação três, conforme o documento obtido pela Der Spiegel. Tópicos como novas tecnologias e segurança energética foram listados como de baixa prioridade, acrescentou a revista.De acordo com a publicação, China, Rússia, Irã, Paquistão e Coreia do Norte também foram apontados como principais alvos de espionagem de Washington. Já Alemanha, França e Japão foram considerados de nível intermediário, segundo a Der Spiegel.As últimas descobertas reforçam os documentos da NSA anteriormente vazados por Snowden que alegavam que Washington estava bisbilhotando os escritórios da UE em Bruxelas e nos EUA, o que provocou indignação entre os países membros do bloco, informa a revista.As informações liberadas por Snowden nas últimas semanas, que mostraram que os EUA estão sistematicamente armazenando dados telefônicos e online em todo o mundo, causam uma grande dor de cabeça ao governo norte-americano e, até mesmo, ameaçam inviabilizar um enorme acordo comercial entre o país e o bloco.O presidente Barack Obama tem se esforçado para tranquilizar os aliados e os cidadãos norte-americanos sobre a extensão do programa de espionagem. Na sexta-feira, ele se comprometeu a revisar a vigilância do serviço secreto, prometendo maior transparência.Snowden, que é procurado pelos EUA por acusações de espionagem, recebeu asilo temporário da Rússia no começo deste mês, uma medida que enfureceu Obama e o fez cancelar uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin. Fonte: Dow Jones Newswires.

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