UE pede a Caracas que investigue incidentes violentos e liberte opositores

Em uma reunião em Bruxelas, ministros também solicitaram a determinação de um calendário eleitoral para que venezuelanos possam ‘expressar sua vontade de forma democrática’

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Por Redação
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BRUXELAS - Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) pediram nesta segunda-feira, 15, à Venezuela para "investigar todos os incidentes violentos", libertar os opositores políticos e respeitar os direitos constitucionais. Em mais de um mês de protestos contra o governo, já foram registradas 39 mortes.

"A violência e o uso da força não resolverão a crise do país. Devem ser respeitados os direitos fundamentais do povo venezuelano, incluindo o direito a se manifestar pacificamente", disseram os ministros, em conclusões aprovadas em uma reunião realizada em Bruxelas.

União Europeiaconsiderou "fundamental" que todas as partes envolvidas nos protestos na Venezuela se abstenham de cometer atos violentos Foto: EFE/CRISTIAN HERNANDEZ

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No primeiro texto ao qual dão sinal verde os países da UE sobre a situação na Venezuela desde julho de 2016, os ministros pediram a "todos os agentes políticos e às instituições" do país para trabalharem "de forma construtiva em prol de uma solução" que respeite plenamente o Estado de direito e os direitos humanos, bem como as instituições democráticas e a separação de poderes.

Eles também solicitaram que se "fixe um calendário eleitoral para que o povo de Venezuela possa expressar sua vontade de forma democrática".

A UE considerou "fundamental" que todas as partes se abstenham de cometer atos violentos. Além disso, qualificou como "preocupante" o anúncio de ampliação e reforço dos grupos civis armados, e destacou que o recurso aos tribunais militares para julgar civis "é contrário ao Direito Internacional".

Os ministros expressaram sua "preocupação" com os mais de 600 mil cidadãos europeus que vivem na Venezuela e se ofereceram para "cooperar com as autoridades venezuelanas" para que garantam sua assistência, proteção e segurança.

As conclusões foram precedidas por um discurso da alta representante da UE para a Política Exterior, Federica Mogherini, que considerou a situação na Venezuela "desestabilizadora para a região", segundo fontes diplomáticas. / EFE

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