UE pede aliança com países árabes para combater terrorismo

Objetivo é intensificar cooperação e compartilhamento de informações, após violentos ataques e prisões na Europa

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Atualização:
A chefe de política exterior da UE, Federica Mogherini Foto: John Thys/AFP

BRUXELAS - A União Europeia pediu nesta segunda-feira, 19, a criação de uma aliança para o combate ao terrorismo com países árabes, com o objetivo de intensificar a cooperação e o compartilhamento de informações, após os violentos ataques e prisões em toda a Europa nos últimos dias.

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A chefe de política exterior da UE, Federica Mogherini, disse que "precisamos de uma aliança. Juntos, precisamos fortalecer nossa forma de cooperação."

Mais tarde, Mogherini reuniu-se com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Al-Araby. Ela também compareceu a uma reunião de ministros das Relações Exteriores do bloco que preparam uma cúpula com líderes da UE, marcada para fevereiro e que vai discutir o terrorismo.

Alguns ministros enfatizaram a importância de trabalhar com países muçulmanos em fez de considerá-los o problema. "Eles continuarão a estar na linha de frente e temos de trabalhar de forma próxima com eles para proteger tanto esses países quanto as nações europeias", afirmou o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond.

O ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Didier Reynders, disse que ações policiais lançadas em seu país na semana passada, para romper uma suposta rede de combatentes estrangeiros, demonstra que o compartilhamento de informações é a chave para o sucesso.

"Temos de trocar informações na Europa e fora da Europa para verdadeiramente acompanharmos o que está acontecendo e evitar quaisquer atos que possam ser lançados em nosso território", afirmou.

No fim de semana, a Bélgica enviou soldados para fazer a proteção de prédios públicos. Enquanto os ministros de reuniam, soldados andavam pelo perímetro do prédio do Conselho Europeu. A segurança interna também foi intensificada nos últimos dias.

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Muitos ministros disseram que não existe uma solução rápida para o desafio representado pelos combatentes estrangeiros e que a melhor coisa é ajudar a encerrar os conflitos na Síria e no Iraque.

"Dessa forma, no longo prazo, teremos estabilidade e segurança na região. Outra questão é tratar das raízes das causas do terrorismo e da radicalização", disse a ministra das Relações Exteriores sueca, Margot Wallstroem.

/ Associated Press

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