UE proíbe venda de bens de luxo para a Síria

Decisão tem como alvo comunidade empresarial, que é partidária do presidente Bashar Assad e tem importante papel na sustentação do regime

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Por AE
Atualização:

LUXEMBURGO - A União Europeia (UE) proibiu nesta segunda-feira, 23, a venda de bens e produtos de luxo para a Síria que possam ter uso militar e também civil. A proibição parece ter como alvo alguns dos mais leais partidários do presidente Bashar Assad: a comunidade empresarial, que tem importante papel na sustentação do regime.Veja também:

linkPelo menos 25 civis sírios são mortos em HamaO influente bloco dos líderes empresariais há tempos troca liberdades políticas por privilégios econômicos na Síria. Até agora, as classes mais ricas têm ficado à margem da questão política, mas se o aperto econômico chegar a elas o jogo pode mudar, dizem analistas.A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, disse que os ministros de Relações Exteriores dos 27 países do bloco aprovaram novas sanções "por causa das profundas preocupações sobre a situação e a contínua violência, apesar do cessar-fogo"."Nós esperamos que o governo retire todas as tropas e armamentos pesados das cidades e nós queremos ter certeza que o regime dará amplo acesso às organizações humanitárias."A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 9 mil pessoas tenham sido mortas desde o início do levante. A ONU enviou um grupo de observação avançado de oito pessoas para a Síria para auxiliar na implantação do plano do enviado especial Kofi Annan e encerrar a crise no país. A ONU autorizou o envio de uma missão com 300 observadores. As informações são da Associated Press.

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