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UE quer relatório antes de investigar assassinatos nas Filipinas

Mais de 800 pessoas, a maioria militantes esquerdistas, estão desaparecidas

Por Agencia Estado
Atualização:

A União Européia não enviará especialistas às Filipinas para colaborar na investigação dos assassinatos políticos no país enquanto não receber o relatório da Comissão Melo que estuda o assunto, informou nesta terça-feira, 13, uma fonte oficial. O diretor-geral de Relações Exteriores da Comissão Européia (CE, órgão executivo do bloco), Eneko Landáburu, confirmou à Efe que Manila solicitou ajuda para resolver a onda de assassinatos. Mas afirmou que as gestões vão esperar o relatório. "Nossa posição é apoiar o governo para identificar os culpados e prevenir mais mortes, mas queremos mais informação", disse em entrevista coletiva, após uma reunião de altos funcionários das Filipinas e da CE. Organizações de defesa dos direitos humanos acreditam que cerca de 830 pessoas, em sua maioria militantes e simpatizantes de grupos de esquerda, morreram, e cerca de 200 desapareceram no país desde o início do mandato de Gloria Macapagal Arroyo, em janeiro de 2001. No entanto, a polícia só reconhece 137 mortos, entre ativistas e jornalistas. Arroyo anunciou que solicitaria à UE o envio de investigadores. Foi uma resposta às recomendações da Comissão Melo, criada em agosto de 206 para investigar e desenhar um plano de ação para acabar com os assassinatos políticos, e que culpou o Exército por muitos dos crimes.

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