
17 de novembro de 2009 | 12h43
Os ministros de Relações Exteriores da UE discutiam hoje formas de coordenação com os Estados Unidos para que israelenses e palestinos voltem à mesa de negociações, segundo Benita Ferrero-Waldner, comissária de Relações Exteriores do bloco. "A coisa mais importante até agora é realmente ajudar os norte-americanos a levar os dois lados de volta à mesa."
Bildt afirmou que entende a razão de os palestinos sugerirem essa medida como uma forma de romper o atual impasse. "É claramente um ato nascido de uma situação difícil, em que eles não veem qualquer caminho pela frente, e eu posso entender isso." O chefe da política externa da UE, Javier Solana, disse que a viabilização do Estado palestino "deve ser feita com tempo e com calma, e em um momento apropriado".
Ele reiterou os pedidos da UE para que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, interrompa todas as construções em assentamentos israelenses na Cisjordânia. Essa é uma exigência crucial dos palestinos para que haja a retomada do diálogo. Netanyahu se recusa a interromper as construções e com frequência pede que os palestinos voltem à mesa de negociações sem precondições.
Os palestinos querem um Estado independente nos territórios da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e de Jerusalém Oriental, capturados por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Israel retirou seus soldados e destruiu os assentamentos de Gaza em 2005, mas anexou Jerusalém Oriental e mantém a ocupação militar na Cisjordânia. Já os militantes do grupo islâmico Hamas tomaram controle à força de Gaza, expulsando as forças do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em 2007.
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