UE vai dizer à Coreia do Norte que seus temores de guerra são infundados

Bloco também pede que Pyongyang atenda exigências internacionais sobre programas nuclear e de mísseis balísticos

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BRUXELAS - A Coreia do Norte está errada ao proclamar que uma guerra é iminente, e deve atender às exigências internacionais em relação aos seus programas nuclear e de mísseis balísticos, a União Europeia (UE) planeja dizer ao país comunista em uma mensagem diplomática. A nota da UE, acordada pelos 27 países que integram o bloco nesta terça-feira, 9, é uma resposta à advertência dada pela Coreia do Norte na semana passada de que não poderia garantir a segurança dos diplomatas no país depois de 10 de abril. A Coreia do Norte, que tem feito uma série de ameaças sobre um conflito iminente contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul, também pediu às embaixadas na semana passada que considerassem retirar seus diplomatas do país. Sete países da UE - Alemanha, Suécia, Grã-Bretanha, Polônia, República Tcheca, Bulgária e Romênia - têm embaixadas em Pyongyang, capital norte-coreana. Esses países estavam considerando sua resposta ao aviso da Coreia do Norte, ainda que nenhum deles estivesse planejando neste momento retirar seu pessoal, disse uma autoridade da UE. A UE como um todo, no entanto, também enviará uma resposta diplomática à chancelaria norte-coreana, afirmaram diplomatas europeus. A nota está prevista para ser entregue ao governo na quarta-feira pela embaixada sueca em Pyongyang. Um diplomata da UE disse que a nota destaca a necessidade de a Coreia do Norte agir de forma sensata e rejeita "sua análise de que uma guerra em grande escala é iminente". A nota foi elaborada no momento em que os governos da UE discutem a imposição de sanções adicionais à Coreia do Norte depois que esse país realizou um terceiro teste nuclear em 12 de fevereiro. Um funcionário da UE disse nesta terça-feira que o bloco adotará em breve as sanções da Organização das Nações Unidas aprovadas em março, após o teste nuclear. Os Estados membros da UE também estão discutindo a possibilidade de impor novas sanções, além daquelas da ONU.

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