Uganda elege hoje presidente e novo Parlamento

Human Rights Watch acusa governo de intimidar a oposição. Presidente Yoweri Museveni é favorito

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Por Agencia Estado
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As primeiras eleições multipartidárias em Uganda, no centro-leste da África, em 25 anos, começaram às 7 horas desta quinta-feira (1 hora no horário de Brasília), com a abertura da maioria dos centros de votação, segundo emissoras locais. Na votação de hoje será eleito o presidente, para um mandato de cinco anos, e um novo Parlamento. Em Uganda vigorou um sistema de partido único desde a chegada ao poder do presidente Yoweri Museveni, em 1986. Quem aspirasse a postos públicos só podia fazê-lo representando o Movimento Nacional de Resistência ou como independentes. Embora haja cinco candidatos à presidência, a luta está centrada no chefe de Estado, Yoweri Museveni, e no líder oposicionista Kizza Besigye. As enquetes prévias indicam que Museveni, o favorito, não obterá à metade dos votos no primeiro turno das eleições, por isso é possível que tenha de ser realizado um segundo turno. Resultados saem no sábado A votação terá a duração de 10 horas e dela participam 10,4 milhões de ugandenses, de uma população total de mais ou menos 27 milhões de habitantes. Os resultados serão conhecidos no próximo sábado. A votação é supervisionada por 500 observadores internacionais, sendo 200 de uma missão da União Européia (UE). O único partido que apresentou candidatos em todas as jurisdições eleitorais para optar por representação no Parlamento é o governante do Movimento de Resistência Nacional (NRM). A coalizão representada por Besigye, a Frente para a Mudança Democrática (FDC), só tem um e teve que organizar-se em meio a um clima hostil, segundo a organização de direitos humanos Human Rights Watch. A organização acusa o governo do país de intimidar a oposição, de desigualdade nos fundos de campanha e de influenciar a cobertura dos meios de comunicação.

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