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Último debate entre Berlusconi e Prodi pode definir pleito

Embate entre as duas forças políticas da Itália deve influenciar voto de indecisos; parecela do eleitorado que ainda não se definiu já chega aos dois dígitos

Por Agencia Estado
Atualização:

O premier da Itália Silvio Berlusconi e seu oponente de centro esquerda, Romano Prodi, enfrentam-se nesta segunda-feira no último debate televisionado entre os dois principais candidatos para as eleições gerais italianas do próximo final de semana. Diante da proximidade - e indefinição - do pleito, que acontece nos dias 9 e 10, ambos os candidatos esperam conseguir conquistar os eleitores indecisos, uma parcela que já chegou aos dois dígitos e que pode ser decisiva para a definição da eleição. Antes do início do debate, Berlusconi disse que queria trazer à tona as diferenças entre ele e seu oponente. Prodi, por sua vez, disse que promoveria uma mensagem de unidade. O premiê atual, no cargo desde 2001, está com a popularidade em declínio devido à estagnação da economia italiana. Berlusconi, no entanto, diz que levantamentos pré-eleitorais realizadas pelo seu partido, a "Forza Italia", mostram que sua candidatura é firme e ainda tem grandes chances. O debate - o segundo e último entre os dois candidatos -, irá ao ar através da emissora estatal RAI. As votações serão realizadas no próximo domingo, dia 9 de abril, e o embate desta segunda-feira deverá se focar sobre as políticas de impostos de ambos os candidatos. O primeiro debate, realizado no meio de março, foi visto como uma vitória para Prodi, ex-premiê italiano e presidente da Comissão Européia. Impostos Como a política de impostos tem sido o principal assunto dos debates, os candidatos devem atacar um ao outro neste âmbito. Berlusconi diz que se a centro-esquerda ganhar, "os italianos serão pegos pelos bolsos". Prodi acusa seu oponente de ser um "criminoso político". O problema se tornou mais sensível desde que os italianos perceberam que seu nível de vida decaiu. Prodi promete que irá cortar o custo da mão-de-obra em 5% para estimular a economia do país. Ele diz que parte do corte pode ser financiado pelo aumento da arrecadação de impostos sobre ganhos de capital, cifra que pode chegar a ? 2,5 bilhões.

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