24 de novembro de 2016 | 12h38
TÓQUIO - O terremoto de 7,4 graus na escala Richter que abalou o nordeste do Japão na terça-feira provocou vazamentos de água nas piscinas de combustível gasto nas duas usinas nucleares de Fukushima, aumentando os riscos que estas instalações representam numa área com grande atividade sísmica.
Na usina de Fukushima Daini, onde o tremor provocou a parada temporária de uma das bombas do sistema de refrigeração, foram detectadas grandes poças de água radioativa dentro dos edifícios dos reatores 2, 3 e 4 da empresa proprietária e operadora da usina, Tokyo Electric Power (Tepco). Segundo a empresa, não existe risco da água radioativa, aproximadamente 500 litros distribuídos entre os três edifícios, escapar para áreas externas.
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Na central de Fukushima Daiichi, por sua vez, cenário do pior acidente nuclear em anos após o terremoto e o tsunami que arrasaram esta região em 2011, foi registrada uma poça muito menor, de "2 metros por 3 metros", junto à piscina comum de combustível gasto e aparentemente provocado pelo abalo.
O terremoto de terça-feira reacendeu o medo que uma tragédia como a de 2011 se repetisse, já que o alerta de tsunami foi ativado e a maré teve uma alta de 1,40m. Este é o nível mais alto já visto no país desde o devastador tsunami de 2011 que deixou mais de 18 mil pessoas mortas e desaparecidas e provocou em Fukushima Daiichi o pior desastre nuclear desde o de Chernobyl, em 1986.
Em razão do acidente, todas as centrais atômicas do país, exceto a de Sendai (no sudoeste), permanecem desativadas. / EFE
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