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Últimos desaparecidos políticos foram lançados ao mar

Por Agencia Estado
Atualização:

Os cinco últimos desaparecidos políticos durante a ditadura militar foram assassinados e lançados ao mar por agentes da polícia secreta do general Augusto Pinochet, segundo um informe policial divulgado nesta quarta-feira pela imprensa chilena. Os cinco jovens comunistas, desaparecidos desde setembro de 1987, pertenciam à Frente Patriótica Manuel Rodríguez (FPMR), um grupo guerrilheiro que combatia pelas armas o governo militar. O informe da polícia, divulgado inicialmente na terça-feira pelo jornal eletrônico Primera Línea, diz que os cinco foram presos por agentes da polícia repressiva de Pinochet com a intenção de trocá-los pelo coronel do Exército Carlos CarreÏo, seqüestrado pela FPMR. CarreÏo permanceu por três meses em poder da FPMR e foi libertado no Brasil. Segundo o relatório policial, a confissão dos ex-agentes repressivos permitiu esclarecer que dois dos jovens morreram durante sessões de tortura - o que selou a sorte dos três restantes. Um dos ex-agentes disse ter escutado de alguns de seus colegas que os corpos dos cinco foram transportados em helicóptero e lançados ao mar. Nelson Caucoto, advogado das famílias dos desaparecidos, disse que vários agentes repressivos envolvidos no seqüestro também estão vinculados ao assassinato do ex-dirigente sindical Tucapel Jiménez - caso já esclarecido policial e judicialmente. Jiménez foi baleado e depois degolado.

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