Últimos soldados norte-americanos deixam o Iraque

Coalizão internacional, liderada por EUA e Reino Unido, invadiu o país em 2003 para derrubar o então ditador iraquiano Saddam Hussein

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Por EFE e Reuters
Atualização:

BAGDÁ - Os últimos soldados norte-americanos deixaram o território iraquiano na manhã deste domingo, 18, em direção ao Kuwait, segundo informou a TV estatal Iraqiya.

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Assim, Os Estados Unidos põem fim a mais de nove anos presentes no Iraque no marco da retirada total de suas tropas, cujo prazo expirava no próximo dia 31.

A televisão mostrou imagens da última coluna de veículos militares americanos que cruzava a fronteira entre Iraque e Kuwait.

Durante os últimos dias, o exército americano entregou os últimos prisioneiros que tinha em suas mãos às autoridades iraquianas, que na sexta-feira passada assumiram o controle da última base militar que permanecia em poder dos EUA.

No último dia 15, se encenou a retirada americana de maneira simbólica com o recolhimento da bandeira em cerimônia em Bagdá, da qual participou o secretário de Defesa deste país, Leon Panetta.

Com o pacto de segurança assinado entre Washington e Bagdá há três anos, ambos os países acertaram a retirada para o final deste ano.

Uma coalizão internacional, liderada por EUA e Reino Unido, invadiu o Iraque no dia 20 de março de 2003 para derrubar o então ditador iraquiano Saddam Hussein, o que representou o início de uma guerra que durante todos estes anos tirou a vida de 100.000 civis e de mais de 4.400 soldados americanos.

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Saddam Hussein foi capturado em dezembro de 2003 e executado na forca três anos depois.

Otan. A Otan também encerrou sua missão de treinamento de sete anos no Iraque. A aliança afirmou que poderia encerrar sua missão depois de conversas com autoridades iraquianas sobre continuar o programa falharam, por conta de divergências sobre um quadro legal que abrange as forças da Otan no Iraque.

"Nós respeitamos as decisões de um Iraque soberano e saudamos o fato de que os iraquianos são totalmente responsáveis por fazer o seu próprio caminho", disse o tenente-general Robert Caslen, comandante da missão de treinamento comandante da Otan na cerimônia de encerramento.

A decisão ocorre depois do anúncio presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em outubro que as tropas norte-americanas iriam para casa no final do ano.

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