19 de outubro de 2017 | 19h01
ERUSALÉM - Centenas de judeus ultraortodoxos fecharam nesta quinta-feira, 19, as ruas do Jerusalém em protesto contra a aplicação da lei de recrutamento militar, obrigatória para todos os cidadãos israelenses.
"Não queremos que mudem a lei. Queremos continuar estudando a Torá (Bíblia), como fazemos há milhares de anos, e que o nosso Governo nos deixe viver em paz. Pela primeira vez, detiveram dez de nossos rapazes", declarou o rabino David Ziherman, que participou da manifestação perto da rodoviária central.
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Há uma semana, grupos de "haredins" (ultraortodoxos judeus) se manifestam em diferentes pontos da cidade onde aconteceram confrontos com a Polícia, que aumentaram no quarto dia, quando outros dois estudantes de "yeshivá" (casa de estudo religiosa judaica) se negaram a cumprir a ordem de recrutamento militar e foram detidos.
O grupo da ultradireita religiosa autodenominada Facção de Jerusalém, organizadora dos protestos, declarou hoje o chamado "Dia da Ira", quando aconteceram manifestações e fechamentos de ruas.
"Houve um aumento significativo na severidade das medidas tomadas contra nós, e responderemos do mesmo modo", escreveu um representante deste grupo no site em hebraico da Kikar Shabat (Praça de Shabat), alinhada com a ultraortodoxia.
Durante a tarde, 40 pessoas foram detidas, segundo comunicou o porta-voz da Polícia Micky Ronzenfeld. A Polícia retirou dezenas de homens que, sentados na estrada, bloquearam o tráfego, provocando a suspensão temporária do serviço de bonde e deixando dezenas de ônibus vazios e sem motoristas, parados nas ruas devido à impossibilidade de se moverem. / EFE
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