Um corneado, muitos esfolados e acaba a festa de San Fermín

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Por Agencia Estado
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Uma corrida encabeçada por um touro de 680 quilos, uma chifrada e abundantes esfoladuras e terminou, hoje, de forma mais tranqüila do que se esperava o famoso Festival de San Fermín, em Pamplona. A corrida desenfreada que se repete há 14 dias, pelas ruas calçadas de pedra da cidade, profundamente escorregadias, cercadas por tapumes durou, neste último dia, exatos dois minutos. Um imenso animal de 680 quilos, o maior de todos, foi o primeiro a sair do curral, liderando uma pequena manada de seis touros e seis novilhos. Mas deu pequena importância à multidão que corria em volta, colocando-se de lado quando alguém parecia investir e ainda que algumas pessoas se atrevessem a por as mãos em seu lombo escuro ? uma gafe, segundo as normas da corrida, considera desrespeito à dignidade do touro. Mas um homem não teve tanta sorte e foi chifrado por outro touro negro, que não satisfeito passou-lhe por cima. Outras pessoas esfolaram-se ao cair, tentando fugir dos touros. Parte da manada também teve seus problemas, estatelando-se no chão nas curvas mais fechadas do percurso de 850 metros. O saldo da festa de alta adrenalina de San Fermín ? São Firmino, o santo padroeiro de Pamplona ? iniciada dia 7, foi de 15 pessoas chifradas e um grande número com escoriações variadas que requereram, porém, uma atenção médica moderada. Desde 1924, ano em que as autoridades começaram a tabular estatísticas sobre a festa de São Fermín (São Firmino em português), já foram registradas 13 mortes. A última vítima fatal foi um americano, em 1995. Famoso por suas festas de rua que duram a noite toda, o festival de San Fermín remonta ao século 16 e se tornou conhecido mundialmente quanto o escritor americano Ernest Hemingway as descreveu em seu romance de 1926, The Sun Also Rises (O Sol Também se Levanta).

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