Uma lei para evitar suicídio em show de rock

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Por Agencia Estado
Atualização:

A banda de hard-rock Hell on Earth anunciou que o suicídio de um doente terminal aconteceria durante a apresentação de sábado para chamar a atenção para o debate sobre o direito de morrer. Em resposta, a câmara dos vereadores de St. Petesburg, a cidade da Flórida escolhida para a apresentação, reuniu-se hoje cedo para aprovar uma lei de emergência, tornando ilegal conduzir um suicídio com fins comerciais ou de entretenimento e alojar, promover e vender ingressos para um evento desse tipo. ?Embora ainda acreditemos que se trata de um golpe publicitário, não podemos sentar-nos tranqüilamente e assistir alguém morrer?, diz o vereador Bill Foster. O grupo Hell on Earth, de Tampa (Colorado), conhecido por apresentações ultrajantes, como moer ratos vivos num liqüidificador no palco, causou furor ao anunciar que o suicídio aconteceria sábado, no Palace Theater, em St. Ptersburg. Mas o proprietário da casa, David Hundley, cancelou imediatamente o show e outros locais também vetaram o espetáculo. O band leader Billy Toutelot, entretanto, jura que o concerto e o suicídio ainda acontecerão num local não revelado, na cidade, e será apresentado ao vivo no site da banda na internet. ?Isto é mais que uma típica apresentação do Hell on Earth?, disse Tourtelot num e-mail, na semana passada. ?Trata-se de defender algo em que se acredita e eu apoio o suicídio assistido.? Mas a legislação da Flórida ainda considera o suicídio assistido crime. O Hell on Earth está-se apresentando em casas noturnas para lançar seu álbum independente All Things Disturbingly Sassy.

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