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União Africana deixa Costa do Marfim e impasse persiste

Gbagbo segue sem deixar a presidência e não vai mais suspender cerco contra Ouattara

Atualização:

ABIDJÃ - O enviado da União Africana, Raila Odinga, deixou Abidjã na manhã desta quarta-feira, 19, afirmando que fracassou em sua busca pela "ruptura necessária" na crise política na Costa do Marfim.

 

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Primeiro-ministro do Quênia, Odinga disse que o presidente Laurent Gbagbo voltou atrás em sua promessa de levantar um bloqueio ao hotel onde tem vivido seu rival, Alassane Ouattara. O oposicionista é reconhecido como o vencedor da eleição presidencial de 28 de novembro pela autoridade eleitoral da Costa do Marfim e pela comunidade internacional.

 

Odinga deve viajar direto para Acra, após ter dito na segunda-feira que seguiria para consultas em Gana, Angola e Burkina Faso. Gbagbo já disse que deseja dialogar com o rival, mas recusa-se a aceitar todas as ofertas para deixar a presidência, incluindo o exílio e a imunidade em processos por crimes contra a humanidade.

 

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) atrasou até esta quarta uma votação para enviar mais 2 mil soldados para a Costa do Marfim, após a Rússia levantar objeções sobre o tema. O número é o máximo requisitado pelos comandantes da ONU, que temem uma possível crise com Gbagbo.

 

O presidente já exigiu várias vezes que as forças internacionais deixem a Costa do Marfim. O novo envio elevaria o número de soldados da organização no país para cerca de 11.500. As informações são da Dow Jones.

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