22 de maio de 2011 | 16h48
A chanceler da União Europeia, Catherine Ashton, abriu neste domingo um escritório do bloco europeu em Benghazi, cidade bastião dos rebeldes na Líbia.
Ahston defendeu o Conselho Nacional de Transição - grupo formado pela oposição líbia -, que, segundo ela, representa as aspirações da população da Líbia e receberá o amparo da União Europeia.
Sua visita a Benghazi representa um importante apoio ao Conselho de Transição em sua busca por reconhecimento internacional, enquanto os rebeldes combatem o regime do líder líbio Muamar Khadafi.
Por enquanto, os rebeldes obtiveram o reconhecimento diplomático de França, Gâmbia e Itália. Esses países veem o Conselho Nacional de Transição da Líbia como representante no país até que sejam realizadas eleições, na eventualidade de ser derrubado o regime de Khadafi.
Já os Estados Unidos, no último dia 13, disseram em comunicado que os rebeldes líbios são "interlocutores legítimos e críveis" de seu povo, mas não chegaram a reconhecê-los como governo.
Durante sua visita a Benghazi, Ashton disse que a UE tem planos "de longo prazo" com os rebeldes, que chamou de "pessoas com as quais temos um forte diálogo".
"O que podemos oferecer é apoio às instituições e à economia da Líbia. Estamos aqui para apoiá-los até o fim", declarou.
Reação de Khadafi
Em resposta, o governo de Khadafi disse que a abertura do escritório europeu em Benghazi representava o "reconhecimento de uma entidade ilegítima".
"Isso terá repercussões no relacionamento da Líbia com diversos países e instituições da UE", afirmou comunicado da Chancelaria líbia.
Os desdobramentos diplomáticos ocorrem simultaneamente a confrontos entre rebeldes e tropas de Khadafi na Líbia, enquanto a Otan (aliança militar ocidental) realiza ataques aéreos.
As tropas do regime continuam entrincheiradas na capital Trípoli e no oeste do país.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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