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União Europeia retira Farc de lista de organizações terroristas

Chefe da diplomacia europeia disse que Colômbia está enviando ‘uma mensagem de esperança ao resto do mundo’ em razão da assinatura do acordo de paz entre governo e guerrilha

Atualização:

BRUXELAS - A União Europeia decidiu suspender a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) de sua lista de organizações terroristas, anunciou na segunda-feira a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, horas antes da assinatura dos acordos de paz na Colômbia.

"O Conselho da União Europeia decidiu suspender as Farc da lista de organizações terroristas. Esta decisão terá pleno efeito uma vez seja assinado o acordo de paz", declarou Federica em um comunicado.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente Juan Manuel Santos, o presidente cubano, Raúl Castro e o líder das Farc, Timoleon Jimenez (Rodrigo Londoño Echeverri), conhecido como Timochenko Foto: Luis Acosta/AFP

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As declarações da chefe da diplomacia europeia chegaram horas antes de o governo colombiano e as Farc assinarem em Cartagena o histórico pacto alcançado o 24 de agosto após quatro anos de negociações em Cuba.

Para Federica, que delegou a seu enviado especial, Eamon Gilmore, a Colômbia “vira a página depois de cinquenta anos de longo conflito, dando mostras a todo o mundo (de) que a paz é possível". "A Colômbia manda hoje (terça-feira) uma mensagem de esperança ao resto do planeta", acrescentou.

A decisão da UE não implica a retirada definitiva das Farc da lista criada em 2001 após os atentados de 11 de setembro em Nova York e nas que entraram um anos depois. A medida se traduz, na prática, na suspensão das sanções adotadas contra a guerrilha depois de sua inclusão na lista da UE em 2002.

Veja abaixo: Santos e Timochenko assinam histórico acordo de paz

Segundo fontes diplomáticas, que pediram anonimato, esta decisão estará em vigor durante seis meses e será revisada quando terminar esse prazo. "No entanto, nossa contribuição a este acordo vai mais além", acrescentou Federica, em referência ao fundo de aproximadamente 575 milhões de euros destinado a consolidar a paz na Colômbia no período do pós-conflito. / AFP

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