16 de agosto de 2009 | 19h49
Uribe disse que sua política de segurança "não tem volta" e afirmou que é preciso derrotar "totalmente" guerrilheiros e narcotraficantes. Na noite da sexta-feira, a Colômbia e os EUA concluíram a negociação do acordo, que permitirá aos norte-americanos o uso de sete bases navais, aéreas e terrestres em território colombiano. Aviões e pessoal militar dos EUA poderão levar a cabo trabalhos de inteligência no combate às guerrilhas e ao narcotráfico.
O comandante das forças armadas da Colômbia, o general Freddy Padilla de León, declarou que na negociação com os EUA "todos os pontos foram de comum acordo e não houve nenhuma imposição". "A negociação respeita as constituições dos dois países", afirmou. Durante uma explicação que Padilla ofereceu em julho sobre o uso das bases, feita à emissora estatal, ele disse que as forças militares colombianas e norte-americanas compartilharão informações de inteligência em tempo real.
Padilla afirmou que as ações dos militares dos EUA na Colômbia serão supervisionadas pelo governo do país sul-americano e que as forças estrangeiras não desfecharão operações contra outros países. O acordo terá a duração de dez anos e foi bastante criticado por presidentes de outras nações da região, que consideram uma ameaça a presença militar dos EUA no continente. Em 28 de agosto, Uribe participará em Bariloche, na Argentina, da cúpula extraordinária dos presidentes da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), convocada especialmente por causa do acordo militar entre Colômbia e EUA.
O ministro de Relações Exteriores da Colômbia, Jaime Bermúdez, disse que o país será o "primeiro beneficiado com a erradicação do narcotráfico e do terrorismo, mas também o serão cada um dos vizinhos e todos os países da região". "Por isso pedimos apenas cooperação e também a oferecemos", afirmou.
Chávez
O presidente Hugo Chávez disse hoje que os laços da Venezuela com seus aliados, como a Rússia e a China, serão mais importantes a partir de agora, momento em que os EUA têm planos para reforçar sua presença militar na Colômbia. "Agora são muito maiores as razões para acelerar todos os planos de cooperação com os países aliados", disse.
Chávez tem repetido que o acordo entre Colômbia e EUA é uma ameaça direta à segurança da região, enquanto funcionários norte-americanos e colombianos afirmam que não existem motivos de preocupação. Chávez também disse que planeja visitar a Rússia e a Bielo-Rússia dentro de um mês. Segundo ele, a Venezuela espera triplicar o envio de petróleo à China nos próximos quatro anos, para chegar a um milhão de barris diários.
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