Uribe detalha propostas para alterar acordo de paz na Colômbia

Ex-presidente e senador pelo Centro Democrático (de direita) apresentou ao governo os detalhes dos temas nos quais ele e seu grupo político discordam do texto assinado em Havana

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BOGOTÁ - O ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe entregou ao governo colombiano os detalhes das propostas que ele seu grupo político propõem para alterar o acordo de paz assinado com as Forças Armadas Revolucionária da Colômbia (Farc) e rejeitado em plebiscito popular no dia 2.

"Nossa principal proposta é a construção de um acordo nacional que proteja as Farc e proteja os valores democráticos", declarou o ex-presidente. Nesse sentido, Uribe criticou o ponto da Justiça transicional, que prevê a criação de um mecanismo de jurisdição especial para a paz que seria aplicado ao responsáveis pelo conflito armado e um projeto de lei de anistia para os membros das Farc que não tenham cometido crimes graves.

O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe apresentou detalhes das propostas para alterar acordo de paz com as Farc Foto: REUTERS/Fredy Builes

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"Em um país de instituições, como a Colômbia, a Justiça transicional não deve ser omitir as sanções adequadas aos responsáveis por crimes atrozes. Este tipo de Justiça deve operar tanto dentro da Justiça tradicional quanto definir-se de acordo com as Supremas Cortes, a Procuradoria-Geral e os órgãos de controle do país", manifestou Uribe.

O ex-presidente, que atualmente é senador pelo Centro Democrático (de direita), também enfatizou que a "elegibilidade política dos responsáveis por crimes atrozes cria uma grave precedente" no país. Ele afirmou ainda acreditar que soldados e policiais que estão presos acusados de crimes devem ser postos em liberdade e "serem objeto de revisão de sentenças que lhes permita lutar pela recuperação da honra".

Além disso, o opositor afirmou que "sem faltar com a prudência necessária, lembramos aos colombianos do 'sim, aos do 'não', e aos que se abstiveram que a vitória do 'não', defendida sem hesitação, evitou que hoje a Constituição do país fosse substituída pelas 297 páginas acordadas entre o governo e as Farc". / EFE

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