24 de dezembro de 2009 | 09h00
Segundo o presidente, os US$ 500 mil oferecidos por informações sobre o paradeiro de Cuéllar agora serão entregues a quem ajudar a capturar seus assassinos - que pertenceriam ao comando Teófilo Forero das Farc e teriam codinomes como "Huevo", "Valencia" e "Guevara". "Avançaremos com perseverança na derrota do terrorismo para livrar desse pesadelo as novas gerações de colombianos", afirmou Uribe.
Na noite de segunda-feira, dez homens armados invadiram a casa de Cuéllar e o levaram em uma caminhonete. O veículo foi encontrado queimado ontem numa zona rural de Florencia, capital de Caquetá, e, horas mais tarde, seu corpo foi encontrado com ferimentos e cercado de explosivos. Se confirmada a autoria das Farc, essa terá sido uma das mais ousadas ações da guerrilha na gestão Uribe.
Segundo autoridades colombianas, o que matou o governador foi um ferimento no pescoço, provocado por um machado. "Eles o assassinaram miseravelmente", disse o presidente. "Não dispararam contra ele, mas o degolaram para evitar barulho, porque já intuíam a operação das nossas Forças Armadas (na área)." A família do governador acredita que ele foi executado por ter se recusado a caminhar na selva (Cuéllar tinha problema num dos joelhos).
Logo após o sequestro, o presidente colombiano havia anunciado o resgate militar do governador e dos outros reféns políticos da guerrilha - 24 policiais e militares. A decisão foi criticada pelos parentes porque, para eles, as chances de sucesso desse tipo de operação são mínimas. Além disso, ela torna menos provável a libertação unilateral de dois reféns, prometida pela guerrilha.
Proteção
Os parentes de Cuéllar também reclamaram ontem que o político não tinha proteção policial suficiente, apesar de esta ter sido a quinta vez que ele foi sequestrado. No momento em que a casa dele foi invadida, só havia um policial no local e ele foi morto.
Nos últimos anos, as Farc perderam território e importantes líderes graças à chamada "política de segurança democrática" de Uribe. Segundo analistas, o novo ataque mostra que o grupo está se adaptando a essa política e a guerrilha continua forte em certas regiões - caso de Caquetá. De 1999 a 2002 as Farc controlaram uma área desmilitarizada em San Vicente del Caguán, que fica na região, criada para abrigar as negociações de paz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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