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Uruguai aumenta restrições de entrada no país para frear a disseminação do coronavírus

Uruguaios que já adquiriram passagem e o transporte de carga ficarão isentos desta medida que será aplicada entre 21 de dezembro e 10 de janeiro

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Por Redação
Atualização:

MONTEVIDÉU - O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, anunciou nesta quarta-feira, 16, novas medidas para tentar conter o aumento dos casos de covid-19, incluindo a restrição de ingresso no país entre 21 de dezembro e 10 de janeiro.

Os uruguaios que já adquiriram passagem e o transporte de carga ficarão, no entanto, isentos desta medida, o que pode ter efeitos ainda mais negativos em um verão que já era muito pessimista para os operadores turísticos.

O Presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, se reuniu com o Conselho de Ministros para analisar medidas para reduzir a disseminação dacovid-19 no país Foto: EFE/ Raúl Martínez

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“É com pesar que tomamos a decisão de suspender a entrada no país entre 21 de dezembro e 10 de janeiro (...), o que nos custa muito porque sabemos que são milhares de uruguaios que voltam ao país nas férias para visitar suas famílias", disse o presidente em entrevista coletiva.

Até agora, o país permitia a entrada do exterior a uruguaios, residentes ou por questões de trabalho ou família, entre algumas outras exceções.

Outros anúncios foram a suspensão dos espetáculos públicos também até 10 de janeiro, a regulamentação do direito de reunião e a ratificação do encerramento de bares e restaurantes à meia-noite.

O Parlamento deve lidar com os decretos emitidos pelo governo para implementar essas medidas.

“A segunda onda do mundo é a nossa primeira onda”, disse o presidente em sua conferência, destacando que o número de covid-19 no Uruguai continua a ser mais benigno do que o de muitos outros países.

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O Uruguai, no entanto, conheceu um crescimento exponencial nos casos de covid-19 desde o mês passado, somando 10.893 infecções e 102 mortes pela doença em uma população de 3,4 milhões de pessoas.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 476 novas infecções e quatro óbitos no país, o maior número desde março, segundo dados oficiais.

No início desta quarta-feira, membros do Honorary Scientific Advisory Group (GACH), órgão consultivo formado por especialistas, disseram em entrevista coletiva que, se a tendência não mudar, "o país entrará na zona vermelha" em 26 de dezembro.

Até junho o Uruguai chegou a apresentar vários dias consecutivos sem nenhum caso novo. No entanto, desde outubro, e principalmente a partir de novembro, as infecções começaram a disparar, atingindo um recorde de 533 em 13 de dezembro.

Lacalle Pou mais uma vez afastou qualquer possibilidade de decretar o confinamento obrigatório, medida que seu governo nunca ordenou, e disse estar convencido de que os uruguaios "vão reagir" à nova situação./AFP

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