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Uruguai estende período de fechamento das fronteiras até 30 de janeiro

A medida tenta interromper o crescimento exponencial do contágio pelo coronavírus vivido pelo país nas últimas semanas

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Por Redação
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MONTEVIDÉU - O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, anunciou nesta quarta-feira, 6, a prorrogação do período com fronteiras fechadas, que terminaria na próxima segunda e agora valerá até o dia 30, em uma tentativa de interromper o crescimento exponencial do contágio pelo coronavírus vivido pelo país nas últimas semanas.

"Infelizmente, e para nosso grande pesar, especialmente o do ministro do Turismo, vamos continuar com as fronteiras fechadas por mais 20 dias", declarou Lacalle Pou em entrevista coletiva.

O presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, anunciou a prorrogação de medidas restritivas para impedir o avanço do novo coronavírus. Foto: EFE/ Raúl Martínez

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O Uruguai anunciou a proibição da entrada de pessoas do exterior em 16 de dezembro, incluindo uruguaios e estrangeiros com residência.

Lacalle Pou concedeu coletiva na Torre Executiva em Montevidéu acompanhado dos ministros de Saúde Pública, Daniel Salinas, e Turismo, Germán Cardoso, após uma reunião do Conselho de Ministros, que analisou as medidas tomadas no final do ano passado.

O presidente anunciou a prorrogação por duas horas do funcionamento de bares e restaurantes, que até 10 de janeiro era meia-noite, e a justificou explicando que quase todo contágio está dentro das famílias.

"Algum estímulo deve ser dado a um setor que tem sido duramente atingido economicamente", considerou o chefe de Estado, que ressaltou que cada departamento decidirá se é válida ou não a extensão desse cronograma.

Lacalle Pou utilizou a previsão matemática dos especialistas que aconselham o governo sobre a crise sanitária para indicar que, apesar do aumento de casos nas últimas semanas, o Uruguai está longe dos 1,5 mil positivos e 150 em terapia intensiva que era previsto.

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"Não podemos falar de fracasso (no combate à pandemia), mas também não podemos falar de sucesso. Se há uma morte, pessoas que perderam seus empregos, não se pode falar de sucesso. Mas nem de fracasso", opinou.

Quanto ao silêncio do governo sobre qual laboratório planeja comprar vacinas e quando será anunciado, o chefe de governo disse que é para não afetar as negociações, já que há países de todo o mundo pressionando por mais doses.

"Há uma competição feroz. O que o Uruguai está tentando fazer? Colocar-se entre os grandes, e a melhor maneira de entrar entre eles e obter a vacina o mais rápido possível é fazer negociações que não alterem estes processos", comentou.

O Uruguai teve nesta quarta-feira o recorde nacional diário de infecções pelo vírus SARS-CoV-2, com 946, o que elevou o total a 23.048, das quais 6.287 estão ativas. Houve 221 mortes por covid-19 no país até agora, quatro delas nas últimas 24 horas./EFE

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