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Uruguai quer investigação sobre munição venezuelana

Por Ariel Palacios e BUENOS AIRES
Atualização:

Partidos da oposição no Uruguai pediram explicações ao governo do país sobre uma solicitação para o transporte, num navio da Marinha, de 15 mil balas provenientes da Venezuela, que seriam utilizadas em fuzis fabricados no Irã. A controvérsia surgiu quando o Executivo uruguaio ordenou a uma fragata com destino ao Haiti que passasse pela Venezuela para buscar "uma carga" para o Exército. Por trás do pedido estaria o fato de uma empresa iraniana ter vencido uma licitação aberta pelo Exército uruguaio para a compra de fuzis, mas enviado as armas sem as balas. Quando a estatal Companhia Anônima Venezuelana de Indústrias Militares (Cavim) soube que o Exército uruguaio não tinha munição, ofereceu as balas como "amostra". Segundo o deputado do Partido Nacional, Javier García, o caso indica uma peculiar "triangulação entre o Uruguai, a Venezuela e o Irã". O estranho é que, de acordo com o Ministério da Defesa, o Exército não esperava carga alguma.

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