09 de dezembro de 2010 | 11h53
O chefe do comitê do Nobel, Thorbjoern Jagland, disse nesta quinta-feira, 8, que o prêmio Nobel da Paz concedido ao dissidente chinês Liu Xiaobo tem como base os direitos humanos universais e não é uma tentativa de impor os valores ocidentais à China.
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"Isto não é um protesto, é um sinal para a China de que será muito importante para o futuro da China aliar o desenvolvimento econômico a reformas políticas, e um apoio para aqueles na China que lutam pelos direitos humanos básicos", disse em entrevista coletiva na Noruega.
"O prêmio carrega o entendimento de que esses são direitos universais e valores universais, não são padrões ocidentais", acrescentou Jagland. O prêmio ao dissidente chinês Liu Xiaobo será entregue na sexta-feira, em Oslo.
Desde o anúncio do Nobel para Liu, em outubro, a China tem criticado o comitê. Nesta quinta, O governo de Pequim afirmou que a "grande maioria" das pessoas no mundo é contrária ao prêmio dado a Liu Xiaobo.
"Essas pessoas no comitê do Nobel têm de admitir que elas são minoria. O povo chinês e a grande maioria das pessoas no mundo se opõem ao que eles fazem", disse uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em Pequim. Liu está preso por subversão, após firmar uma carta pedindo abertura política na China.
Com Reuters e AP
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