Vantagem de Hillary sobre Trump é  maior no Colégio Eleitoral

Com definição praticamente certa das duas candidaturas, atenção dos americanos se volta para mapa político que definirá o próximo presidente; republicano terá muita dificuldade para virar o jogo em tradicionais redutos democratas

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Por Redação
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WASHINGTON - A cinco meses da eleição, as atenções dos EUA se voltam para o Colégio Eleitoral, onde será decidida a disputa. A escolha é indireta. São 50 eleições diferentes, cada Estado carregando um número de votos proporcional à população. Vence quem obtiver 270 d0s 538 votos.Análises feitas sobre o mapa do país mostram que a vantagem de Hillary Clinton sobre Donald Trump é ainda maior do que dizem as pesquisas. 

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De acordo com Larry Sabato, diretor do Centro de Política da Universidade de Virginia, com base em pesquisas de intenção de voto feitas Estado por Estado, a democrata teria hoje 347 votos no Colégio Eleitoral. O republicano ficaria com 191. O problema de Trump, segundo Sabato, é que, para virar o jogo, ele teria de derrotar Hillary em tradicionais redutos eleitorais democratas. “Trump começa a campanha para as eleições gerais em uma posição muito difícil”, disse.

O centro de estudos Cook Political Report estima um mapa do Colégio Eleitoral muito parecido: Hillary à frente, com 304 votos, seguida por Trump, com 190 - a eleição estaria muito disputada em quatro Estados, Iowa, New Hampshire, Ohio e Carolina do Norte, que representam 44 votos ainda indefinidos no Colégio Eleitoral.

Em uma análise mais conservadora, feita pelo Rothenberg & Gonzales Political Report, a democrata teria 263 votos atualmente no Colégio Eleitoral, contra 206 do republicano - quatro Estados, Flórida, Colorado, Ohio e Virginia, com 69 votos, ainda estão indefinidos.

O cenário desafiador para os republicanos é a razão pela qual muitos na cúpula do partido não querem ver Trump candidato. Virar a eleição presidencial em redutos democratas é difícil, mas pior ainda seria perder eleições locais importantes e deixar de eleger deputados e senadores, correndo o risco de ver Hillary ser eleita com maioria nas duas Casas do Congresso.

O medo é justificável. Em alguns “swing-states” - Estados que se alternam entre democratas e republicanos -, a presença de Trump pode afastar os eleitores moderados e independentes ou levá-los a votar em candidatos democratas. No Arizona, por exemplo, o republicano John McCain já sente o efeito Trump. Na última pesquisa, divulgada em abril, ele aparecia empatado com a democrata Ann Kirkpatrick. 

Na Pensilvânia, o senador republicano Patrick Toomey também disputa uma eleição apertada contra a democrata Katie McGinty. O mesmo acontece em New Hamsphire, Carolina do Norte e Ohio. “Trump ofendeu gente demais e isso vai afetar outras eleições”, disse Tom Davis, analista republicano. / WP, REUTERS e AP

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