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Vargas Llosa afirma que eleger Keiko Fujimori presidente do Peru seria ‘grande erro’

Escritor peruano disse que as consequências de um governo de Fujimori seriam ‘politicamente, socialmente e economicamente’ desastrosas, e pede que população supere a ‘cegueira’

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O escritor peruano Mario Vargas Llosa pediu na segunda-feira a seus compatriotas que superem a "cegueira" e não cometam o "grande erro" de eleger Keiko Fujimori presidente do Peru.

"Minha esperança é que a cegueira desapareça, ao menos em parte, e que os peruanos não cometam o grande erro de eleger Keiko Fujimori", disse Vargas Llosa durante uma conversa na Biblioteca do Congresso americano, em Washington.

Mario Vargas LLosa ganhou o Nobel de Literatura em 2010 Foto: Emilio Naranjo|EFE

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As consequências de um governo de Fujimori, que venceu as eleições presidenciais de domingo mas deverá disputar o segundo turno, "politicamente, socialmente e economicamente seriam desastrosas", advertiu Vargas Llosa, vencedor do prêmio Nobel de Literatura em 2010.

O escritor disse que espera que o ex-ministro Pedro Pablo Kuczynski vença o segundo turno, previsto para o dia 5 de junho.

Vargas Llosa recebeu o prêmio Living Legend, que a Biblioteca do Congresso entrega a personalidades das artes, indústria e política dos EUA, mas também a figuras estrangeiras, como o antropólogo mexicano Miguel León Portillas.

O escritor reafirmou que um governo de Fujimori, filha do ex-presidente e hoje detento Alberto Fujimori, seria uma "catástrofe" que dividiria o país. "A ditadura seria legitimada pelo eleitorado peruano", avaliou Vargas Llosa.

Após a apuração de mais de 90% dos votos, Fujimori, do partido Força Popular, liderava com 39,48% contra 21,38% de Pedro Pablo Kuczynski, de centro direita.

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Em 1990, o então desconhecido Alberto Fujimori derrotou Vargas Llosa nas eleições presidenciais. /AFP

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