HELSINQUE -A polícia finlandesa informou que ao menos duas pessoas morreram e seis ficaram feridas após serem esfaqueadas na cidade de Turku, oeste da Finlândia, nesta sexta-feira, 17. Um suspeito foi baleado na perna e preso. Ele ainda não teve sua identidade revelada e foi levado para o principal hospital da cidade.
Autoridades recomendam que população e turistas evitem o centro da cidade. A polícia finlandesa já reforçou a segurança no aeroporto de Helsinque e nas estações de trem da região, e iniciou uma caçada por outros possíveis agressores. Pouco depois, anunciou também um reforço na segurança em todo o país, com atuação de patrulhas adicionais.
"Por enquanto, há apenas um suspeito e estamos investigando se há mais pessoas envolvidas", disse Markus Laine, do Escritório Nacional de Investigação. "Não estamos investigando isso (como um ataque terrorista), mas a possibilidade não foi rejeitada."
O ministro do Interior da Finlândia, Paula Risikko, afirmou: "Não podemos confirmar a identidade da pessoa. Estamos em contato com o serviço de imigração, já que a pessoa parece ser estrangeira".
"O governo está acompanhando de perto os acontecimentos em Turku e o andamento das operações policiais", explicou o primeiro-ministro da Finlândia, Juha Sipila, em sua conta no Twitter.
Ele também ofereceu sua solidariedade aos envolvidos. "Minhas profundas condolências às famílias e pessoas próximas às vítimas. Os eventos do dia chocaram a todos nós."
Extremistas
Ainda não se sabe se o caso é um atentado com motivações terroristas ou se foi a ação de uma pessoa com distúrbios mentais, mas testemunhas afirmam que o agressor atuou de forma indiscriminada, segundo meios de comunicação locais.
Mesmo assim, diversos perfis nas redes sociais de simpatizantes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) comemoraram o ataque em Turku. Os seguidores postaram mensagens de parabenização aos autores do atentado, trechos de orações islâmicas e imagens do local. "Da Espanha até Finlândia. Honra aos jihadistas", diz uma das publicações. No entanto, nenhuma organização assumiu a autoria da ação até agora.
De acordo com a diretora do SITE Intelligence Group, que monitora a atividade de organizações supremacistas e jihadistas, Rita Katz, os jihadistas têm criticado a "falta de adesão religiosa" dos muçulmanos finlandeses. Além disso, eles estariam "exortando os cristãos a se converterem ao Islã". / REUTERS, EFE, ASSOCIATED PRESS e ANSA