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Vaticano condena ações terroristas e humilhação imposta a palestinos

Por Agencia Estado
Atualização:

Alarmado pela extensão dos conflitos ao santuário cristão de Belém, o Vaticano ampliou sua ofensiva diplomática nesta quarta-feira, condenando o terrorismo e o tratamento imposto aos palestinos. O Vaticano disse que seus funcionários se reuniram nos últimos dois dias com enviados de Israel e dos EUA na Santa Sé, ao lado de um representante da Liga Árabe. O porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls, disse que a posição da Santa Sé expressa nessas reuniões inclui uma "inequívoca condenação do terrorismo, venha de onde vier", e uma desaprovação das "condições de injustiça e humilhação impostas ao povo palestino", bem como as represálias que, segundo ele, "só aumentam o sentimento de frustração e rancor". O Vaticano, disse Navarro-Valls, também apela para que todas as partes respeitem as resoluções da ONU, e (haja) proporcionalidade no uso de meios legítimos de defesa e proteção dos lugares santos de cristãos, muçulmanos e judeus. Na reunião com o representante da Liga Árabe, o Vaticano insistiu particularmente sobre a necessidade de se pôr um fim aos "atos indicriminados de terrorismo". Informou que o papa João Paulo II acompanha de perto a situação. Na segunda-feira, horas depois que os tanques entraram em Belém, o pontífice manifestou sua "apreensão" sobre o "grande perigo" de confrontação na cidade onde os cristãos acreditam que Jesus nasceu. O comunicado desta quarta-feira fala sobre a "dramática situação" na cidade. O embaixador dos EUA perante a Santa Sé, James Nicholson durante sua reunião desta quarta-feira no Vaticano, recebeu uma nota diplomática contendo uma mensagem para o presidente dos EUA George W. Bush, disse o porta-voz da embaixada americana perante a Santa Sé. Os jornalistas italianos descreveram a mensagem como um apelo pessoal do papa reforçando a necessidade de os palestinos e isralenses voltarem à mesa de negociações. Nicholson, por sua vez, não quis descrever o conteúdo da mensagem, nem disse quem a havia enviado, e um porta-voz do Vaticano não pôde ser encontrado de imediato para comentar a mensagem.

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