14 de outubro de 2015 | 09h01
LAS VEGAS - Os pré-candidatos democratas à presidência dos Estados Unidos abordaram na terça-feira em seu primeiro debate televisionado os temas que marcarão sua corrida pela liderança da Casa Branca.
Confira abaixo alguns comentários afiados feitos pelos concorrentes à indicação do Partido Democrata.
"O povo dos EUA está farto, está cansado de ouvir falar sobre os seus malditos e-mails", disse o senador de Vermont, Bernie Sanders. Logo em seguida, Hillary estendeu sua mão e disse: "Obrigada".
"Não, não mesmo", respondeu Hillary, ao ser perguntada se Sanders tinha sido suficientemente firme no Senado na hora de apoiar projetos legislativos contra a violência armada e o poderoso grupo de pressão pró-armas, a Associação Nacional do Rifle.
O ex-governador de Maryland, Martin O'Malley, qualificou o magnata Donald Trump, favorito para a indicação republicana, como "charlatão do carnaval do Partido Republicano".
"Ele descumpriu a lei, mas o que fez para nos ensinar deve ser levado em consideração", destacou Sanders, que defendeu o ex-técnico da CIA e da Agência da Segurança Nacional, Edward Snowden. Em 2013, ele revelou programas de espionagem em massa.
"O Congresso não controla Wall Street, é Wall Street quem controla o Congresso", disse Sanders, defensor do "socialismo democrata" e de leis mais rígidas para aumentar o controle no sistema bancário americano.
"Acho que você está sendo um pouco duro", respondeu o ex-governador de Rhode Island, Lincoln Chafee, quando o moderador do debate, Anderson Cooper, lhe pediu que explicasse por que votou a favor de uma lei para desregular os bancos em 1999.
"Você pode ter todo o crescimento que quiser, mas isso não significa nada se a riqueza continua sendo de 1% (da população)", defendeu Sanders, que também investiu contra "o capitalismo de cassino no qual poucos têm muito".
"Sou progressista, mas uma progressista que gosta que as coisas sejam feitas", defendeu a ex-primeira dama, vista como uma criação do "establishment" (da política tradicional e de influências) em comparação com Sanders, que defende uma revolução política.
/EFE
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