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Vencedores do Nobel da Paz pedem fim das armas nucleares

Líderes se reúnem em Hiroshima para lembrar 'da capacidade destrutiva do poder atômico'

Atualização:

Premiados. Jody Willians conversa com o dalai-lama durante a reunião.

 

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HIROSHIMA - O líder espiritual tibetano dalai-lama e outros vencedores do prêmio Nobel da Paz das últimas quatro décadas se reuniram nesta sexta-feira, 12, perto do local do primeiro ataque com uma bomba atômica já realizado, em Hiroshima, e pediram o fim das armas nucleares em todo o mundo.

 

Os laureados também falaram em nome dos que não puderam comparecer à reunião anual dos Nobel da Paz, como o vencedor deste ano, o dissidente chinês Liu Xiaobo, preso na China, e a ativista pró-democracia Aung San Suu Kyi, presa em Mianmar, venceroda de 1991.

 

Na cerimônia, eles ouviram a história de uma hibakusha - um sobrevivente do ataque de 6 de agosto de 1945. "Odeio bombas atômicas, mas sei que não eliminar o ódio dos outros. O ódio precisa ser superado", disse Akihiro Takahashi, que era apenas um garoto na época do ataque.

 

O encontro, que cura três dias, é realizado fora da Europa pela primeira vez para chamar atenção para o poder destrutivo das armas nucleares. Em Hiroshima, há uma tocha que lembra as 140 mil vítimas, além de monumentos e memoriais. "Hiroshima te deixa a par da realidade da destruição causada por essas armas", disse o governador Hidehiko Yuzaki.

 

"Essas armas foram usadas contra o povo japonês para aterrorizar o resto do mundo", disse Mairead Corrigan Maguire, vencedora do Nobel da Paz de 1976 por seu trabalho contra a violência sectária na Irlanda do Norte.

 

Outros laureados com o Nobel da Paz não compareceram à reunião. Mikhail Gorbachev, último líder da União Soviética, anunciou que não participaria por motivos de saúde. O presidente dos EUA, Barack Obama, por sua vez, se encontra em viagem pela Ásia e deve chegar ao Japão nesta sexta, mas para reuniões bilaterais.

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