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Venda de carros na Argentina é a pior em 10 anos

Por Agencia Estado
Atualização:

As montadoras argentinas tiveram em maio o pior mês de vendas em mais de dez anos, com somente 13.169 unidades comercializadas. Este é o menor volume em vendas desde janeiro de 1991, quando o país enfrentava a segunda hiperinflação da história argentina. A média mensal de vendas em 2000 foi de 26 mil unidades, enquanto em 1999 a média era de 30 mil. Em maio último, as vendas tiveram uma queda de 53% em relação ao mesmo mês do ano passado. Nos primeiros cinco meses do ano, as vendas caíram 4,17%. As montadoras calculam que os consumidores estão esperando a redução dos preços dos automóveis zero km. Em troca de reduções tributárias concedidas pelo governo, as empresas se comprometeram a diminuir o preço dos automóveis entre 10% e 15%. As montadoras foram salvas pelo aumento das vendas ao Brasil. Em maio, as exportações aumentaram 52% em relação ao mesmo mês do ano passado, com um total de 19.727 unidades. Desde o início do ano as vendas ao exterior aumentaram 77,5%. No entanto, desde o início do ano a produção de automóveis caiu 20,5% em relação ao mesmo período do ano passado. As exportações de carne da Argentina também sofreram duro golpe. Segundo relatório da Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (CICCRA), nos primeiros quatro meses deste ano as exportações de carne bovina tiveram uma queda de 57,1% em valor, e de 55,8% em volume. Os motivos da queda são os temores à febre aftosa e à doença da vaca louca. A CICCRA calcula que os exportadores argentinos de carne estão perdendo US$ 45 milhões mensais em vendas não realizadas.

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