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Vendas de têxteis para a Argentina podem cair 50%

Por Agencia Estado
Atualização:

As exportações de têxteis para a Argentina, segundo maior mercado para os produtos brasileiros do setor, podem cair até 50% nos primeiros meses do próximo ano por conta da grave crise pela qual passa o país, avalia Paulo Antonio Skaf, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). "Estamos prevendo um travamento forte do mercado argentino, principalmente no primeiro semestre", disse Skaf. A expectativa de Skaf é de que as exportações para o país vizinho tenham queda de 10% ante este ano. Ele disse esperar que se resolvam os problemas políticos "porque a crise econômica não acabará sem que o lado político seja acertado". O presidente da Abit não teme a moratória argentina, "que é só para as instituições financeiras, não para os fornecedores". A Argentina compra entre 15% e 20% das exportações brasileiras de têxteis, acima dos cerca de 25% comprados pelos norte-americanos. Em 1999 e 2000, a Argentina era o maior comprador dos têxteis nacionais, com uma fatia de 25% das exportações. Este ano, o setor deve fechar com vendas externas de US$ 1,4 bilhão, segundo Skaf. Haverá um superávit de US$ 80 milhões (US$ 43 milhões até novembro). 2002 - Para o ano que vem, a expectativa da Abit é de que o setor tenha um superávit de US$ 300 milhões. A indústria têxtil faturou US$ 22 bilhões neste ano, valor em dólar igual ao do ano passado. De acordo com Skaf, foram criados 20 mil postos de trabalho, elevando o número de funcionários do setor para 1,450 milhão. Leia o especial

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