Venezuela acerta venda de 10,8 milhões de barris de petróleo ao Uruguai

Presidente Nicolás Maduro inicia visita oficial a países sul-americanos em Montevidéu, para ‘consolidar irmandade e cooperação’

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Por Redação
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MONTEVIDÉU - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, iniciou nesta terça-feira, 7, seu giro pela América do Sul com uma visita oficial ao Uruguai. Na sua primeira viagem após as eleições do dia 14, o venezuelano deverá passar ainda por Argentina e Brasil, com a intenção, entre otras, de fortalecer sua aliança estratégica com os países do Mercosul.

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“Vamos consolidar a relação de irmandade e cooperação”, afirmou Maduro no Twitter ao anunciar sua chegada a Montevidéu. Pouco após o meio-dia, o chavista chegou à residência presidencial, onde se reuniu com seu colega uruguaio, José Mujica.

Depois do encontro, Maduro anunciou um fornecimento “permanente” de petróleo venezuelano para o Uruguai. Um acordo para a compra de 10,8 milhões de barris do produto durante 12 meses foi firmada entre os governantes.

Ao lado de Mujica, o chavista confirmou sua presença na cúpula do Mercosul, em 28 de junho, em Montevidéu, quando a Venezuela receberá do Uruguai a presidência rotativa da entidade. Mujica defendeu a presença de Caracas no bloco – obtida em junho do ano passado graças à suspensão do Paraguai, cujo Congresso não aprovava os venezuelanos no bloco, que foi causada pelo impeachment relâmpago de Fernando Lugo.

Maduro afirmou que considera seu colega uruguaio um “grande conselheiro” e quer “aprender com ele”.

Nas menos de 24 horas que passaria no Uruguai, Maduro tinha planejado ainda um encontro com o ex-presidente Tabaré Vásquez (2005-2010), receber as chaves da cidade de Montevidéu, visitar uma fábrica administrada pelos próprios trabalhadores e se reunir com uma central sindical.

‘Perseguição’. Três políticos da Venezuela contrários ao chavismo apresentariam uma queixa à comissão que trata de direitos humanos no Mercosul, em Montevidéu. “Temos mais de 4,1 mil denúncias concretas de pessoas que perderam seu trabalho em razão de suspeitas do governo (de Caracas) de que apoiavam a oposição. Há mais de 200 detidos torturados e presos políticos (na Venezuela)”, declarou o opositor Leopoldo López na capital uruguaia. / REUTERS E EFE

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