
29 de abril de 2013 | 00h12
O Ministério Público da Venezuela disse que Tracy, de West Hollywood, na Califórnia, foi acusado de crimes que incluem conspiração, associação para fins criminosos e uso de documento falso.
Na quinta-feira, o presidente Nicolás Maduro disse que ordenou pessoalmente a prisão de Tracy por suspeita de ter alimentado a "violência em cidades deste país" após a disputa presidencial.
Amigos de Tracy dizem que o cineasta é um inocente e o descrevem como um documentarista independente sem objetivos políticos ou laços com o governo.
O governo dos EUA também disse que Tracy é inocente, mas não quis comentar os detalhes de seu caso.
O Ministério Público da Venezuela disse que um juiz ordenou a prisão de Tracy até nova ordem, uma vez que ele apresentou risco de fuga.
Separadamente, autoridades venezuelanas disseram no sábado que prenderam o general aposentado Antonio Rivero, que ficou conhecido após denunciar o envolvimento cubano no serviço militar venezuelano em 2010.
O Ministério Público da Venezuela divulgou um comunicado dizendo que Rivero será apresentado perante um tribunal "por sua suposta conexão com atos violentos que ocorreram recentemente no país".
Segundo as autoridades, o general aposentado foi preso pelo serviço de inteligência da Venezuela no sábado.
Rivero apareceu em um breve vídeo de um protesto pós-eleitoral mostrado pelo Ministério Público à imprensa na quinta-feira, depois de anunciar a prisão de Tracy. As autoridades disseram que o vídeo foi feito a partir de pertences de Tracy.
Em um comunicado divulgado no domingo, o partido de Rivero, Vontade Popular, exigiu que ele fosse libertado e disse que as acusações não detalhadas de atividade criminosa são falsas. O partido disse que a prisão de Rivero foi um ataque contra a dissidência política. Rivero ainda tem de ser formalmente acusado. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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