Venezuela acusa ONU de 'promover intervenção estrangeira' no país
Maduro diz que dados oficiais apontam saída de 600 mil cidadãos; vice-presidente afirma que 'funcionários' da organização usam dados de 'países inimigos' para 'justificar' medidas
Por Redação
Atualização:
CARACAS - O governo da Venezuela acusou a Organização das Nações Unidas (ONU) de promover "intervenções estrangeiras" no país mediante à diáspora venezuelana. Pela primeira vez, Caracas estimou nesta segunda-feira, 3, em 600 mil o número de cidadãos que fugiram para o exterior e desqualificou os balanços apresentados pela organização internacional. Segundo o presidente Nicolás Maduro, o balanço apresentado pelo governo é "certificado e sério". "Claro que um grupo de venezuelanos, devido aos distúrbios, violência, agressão e bloqueio financeiro dos Estados Unidos, tentaram a sorte no exterior, mas 90% deles estão arrependidos", disse.
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Mais cedo, a vice-presidente, Delcy Rodríguez, afirmou que encaminhou um comunicado ao secretário-geral da ONU, António Guterrez, para manifestar "preocupação" com a forma que "alguns funcionários" tentam transformar "um fluxo migratório normal em uma crise humanitária que justificaria intervenções externas".
"Eles afirmam isso usando dados de governos de países inimigos", disse Delcy, acompanhada de seu irmão, o ministro de Comunicações Jorge Rodríguez. A vice-presidente não identificou quais funcionários se referia em seu comunicado à ONU nem quais países inimigos estaria falando.
No mesmo dia, Caracas condenou a resolução discutida em Quito pelo Grupo de Lima, a qual o Brasil rejeitou, e apresentada à ONU para punir o chavismo por violações de direitos humanos. Se aprovada, a medida seria uma forma incrementar os ataques internacionais contra o regime, ampliando seu isolamento no cenário internacional. O Grupo de Lima é formado por doze países americanos, incluindo Canadá e Argentina. //AFP
Inflação: Quanto se gasta para fazer compras na Venezuela
1 / 13Inflação: Quanto se gasta para fazer compras na Venezuela
Queijo: 7,5 milhões de bolívares
O preço equivale a US$ 1,14 e foi registrado em um mini-mercado em Caracas, capital da Venezuela, em 16 de agosto. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Pacote de absorventes: 3,5 milhões de bolívares
O preço foi registrado em um mini-mercado na vizinhança de Catia, em Caracas, e corresponde a US$ 0,53. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Um quilo de arroz: 2,5 milhões de bolívares
O preço corresponde a US$ 0,38 e foi registrado em 16 de agosto, na capital Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
500 g de margarina: 3 milhões de bolívares
O preço foi registrado em um mini-mercado informal na vizinhança de Catia, de baixa renda, em Caracas. O custo do produto corresponde a US$ 0,46. Foto:
1 quilo de cenouras: 3 milhões de bolívares
O custo corresponde a US$ 0,46 e foi registrado em um mercado informal em Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
1 quilo de farinha de milho: 2,5 milhões de bolívares
O preço equivale a US$ 0,38. O registro foi feito no dia 16 de agosto, em um mercado de Catia, região de baixa renda em Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Sabonete: 3,5 milhões de bolívares
No dia 16 de agosto, o preço foi registrado em um mini-mercado da capital venezuelana. O preço corresponde a US$ 0,53. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Pacote de fraldas: 8 milhões de bolívares
O custo equivale a US$ 1,22 e foi registrado no dia 16 de agosto, em Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
2,4 quilos de frango: 14,6 milhões de bolívares
O preço é o equivalente a US$ 2,22 e seu registro foi realizado no dia 16 de agosto. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Um rolo de papel higiênico: 2,6 milhões de bolívares
O preço foi registrado em um mini-mercado informal de um bairro de baixa renda, em Caracas. O valor corresponde a US$ 0,40. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
1 quilo de macarrão: 2,5 milhões de bolívares
O valor é equivalente a US$ 0,38 e foi registrado no dia 16 de agosto, em um mini-mercado informal. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
1 quilo de carne vermelha: 9,5 milhões de bolívares
O preço equivale a US$ 1,45 e foi registrado em mercado informal de Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
1 quilo de tomates: 5 milhões de bolívares
Preço é o equivalente a US$ 0,76 e foi registrado em um pequeno mercado informal no bairro de Catia, em Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins