26 de julho de 2010 | 21h05
Segundo o diplomata, Bogotá "se nega a buscar qualquer mecanismo de diálogo" e o governo do presidente Álvaro Uribe prepara uma "política de guerra" na região junto aos Estados Unidos. Em uma entrevista à imprensa concedida depois do encontro com o máximo representante da ONU, Valero disse que pediu a Ban que compartilhe a carta com os membros do organismo.
O governo dos Estados Unidos, por sua vez, assegurou que não planeja nenhuma ação militar contra a Venezuela, após as ameaças do presidente Hugo Chávez de cortar o fornecimento de petróleo aos EUA caso Washington e Bogotá ataquem seu país. O governo da Venezuela "não deveria estar em nenhum tipo de alerta relacionado aos Estados Unidos. Não temos nenhuma intenção de realizar ações militares contra a Venezuela", disse o porta-voz do Departamento de Estado, P.J. Crowley, em sua entrevista diária a jornalistas.
Ontem, Chávez cancelou a viagem que faria a Cuba para participar das comemorações do Dia da Rebeldia Nacional por causa da situação tensa vivida com a Colômbia. O presidente já ameaçou cortar o fornecimento de petróleo aos EUA várias vezes, mas nunca cumpriu suas advertências.
Na semana passada, Chávez cortou as relações diplomáticas com a Colômbia, depois que o embaixador colombiano na OEA denunciou ao organismo a suposta existência de 87 acampamentos de rebeldes colombianos em território venezuelano onde estariam abrigados cerca de 1.500 guerrilheiros das Farc. Caracas rechaçou a acusação.
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