Venezuela bloqueia imagens no Twitter, diz microblog

Restrição atingiria tanto usuários de provedor estatal quanto de empresas privadas desde quinta-feira

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Por Redação
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CARACAS - Muito usado por manifestantes durante protestos para relatar os acontecimentos e postar fotos em tempo real, o Twitter afirmou na noite de sexta-feira, 14, que as imagens publicadas por usuários na Venezuela estavam bloqueadas, provavelmente em decorrência de alguma ação do governo de Nicolás Maduro.

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"Posso confirmar que as imagens do Twitter estão bloqueadas na Venezuela. Nós acreditamos que foi o governo que as bloqueou", afirmou à agência EFE o porta-voz da empresa, Nu Wexler. O governo venezuelano não comentou a acusação.

Usuários do microblog denunciaram a situação durante as marchas contra o governo organizadas na quinta-feira. O problema afetou inicialmente usuário do provedor estatal CANTV, mas se espalhou para internautas de outros provedores. O Departamento de Estado dos EUA pediu que a Venezuela respeite a liberdade de expressão.

Legítimo

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, qualificou na noite da quinta-feira as manifestações contra sua administração como "um plano para derrubar um governo democraticamente eleito, que tem a legitimidade do apoio popular e a legitimidade histórica de ter emanado de uma revolução vitoriosa". Na sexta-feira, outro protesto estudantil ocorreu em Caracas, reunindo aproximadamente mil manifestantes.

Enquanto muitos dos 69 estudantes presos na quarta-feira continuavam detidos em razão dos protestos, que deixaram 3 mortos e mais de 60 feridos, líderes universitários concentravam ativistas nas ruas de Caracas e de outras cidades da Venezuela - sobre os restos das barricadas das maiores manifestações já organizadas contra o governo de Maduro.

Contraprotesto

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"Para o sábado (hoje), por volta do meio-dia, está sendo convocada uma grande marcha de todas as forças sociais e políticas da revolução bolivariana pela paz e contra o fascismo. Assim, me somo à convocatória: no sábado, todo o povo a Caracas. Vamos fazer a marcha contra o fascismo, contra a violência, contra o golpismo", declarou o presidente.

Maduro qualificou como uma "decisão de Estado" ter proibido na Venezuela a exibição da programação da emissora colombiana NTN24 - que cobria amplamente os protestos. As TVs venezuelanas se abstiveram de cobrir as manifestações, temendo sanções. / EFE e AFP

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