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Venezuela critica 'intervencionismo' dos EUA após declarações de Tillerson

Chanceler Delcy Rodríguez criticou secretário de Estado americano, Rex Tillerson, após ele acusar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de 'violar sua própria Constituição'

Atualização:

CARACAS - A chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, disse na quarta-feira que seu país "rejeita o intervencionismo sistemático" dos Estados Unidos, depois de o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, acusar o governo do presidente Nicolás Maduro de violar "sua própria Constituição".

"A Venezuela rejeita as declarações do secretário de Estado americano @RexTillerson por (se tratar de) intervencionismo sistemático contra a Venezuela", escreveu a chefe da diplomacia venezuelana em sua conta no Twitter.

Ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez Foto: AFP PHOTO / MANDEL NGAN

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Delcy acrescentou em outra mensagem que seu país se preocupa "profundamente" com os recentes bombardeios lançados pelos Estados Unidos contra os territórios da Síria e do Afeganistão. "Preocupa igualmente a Venezuela as políticas migratórias contra cidadãos latino-americanos nos EUA e o racismo promovido institucionalmente", completou.

Tillerson disse na quarta-feira que os Estados Unidos estão "preocupados" porque o governo do presidente Nicolás Maduro "está violando sua própria Constituição e não está permitindo que as vozes da oposição sejam escutadas".

Além disso, ele ressaltou que seu país está acompanhando "de perto" a nova onda de protestos antigovernamentais no país sul-americano. Por outro lado, Tillerson não respondeu às acusações de Maduro, que afirmou na noite de terça-feira que ps EUA planejaram um "golpe de Estado" no país.

As relações entre Venezuela e Estados Unidos estremeceram depois da chegada ao poder do falecido presidente Hugo Chávez, em 1999, e entraram em um ponto morto durante os oito anos que Barack Obama esteve na Casa Branca.

Em março de 2015, Obama assinou um decreto declarando a Venezuela como uma "ameaça incomum e extraordinária" para a segurança dos EUA, o que gerou o repúdio das autoridades venezuelanas, e aprofundou a tensão entre os dois países. / EFE

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